O vício em jogos, também conhecido como transtorno do jogo ou ludomania, é uma condição reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um transtorno comportamental.
Trata-se de uma compulsão patológica caracterizada pela incapacidade de controlar o impulso de jogar, seja em jogos de azar, videogames ou jogos online. Esse distúrbio, quando não tratado, pode acarretar sérios prejuízos psicológicos, sociais, familiares e financeiros.
Do ponto de vista jurídico, o vício em jogos pode ser considerado uma condição que compromete a autodeterminação do indivíduo, o que justifica a adoção de medidas protetivas e terapêuticas, inclusive a internação em unidades especializadas de tratamento, conforme previsão legal no artigo 4º do Código Civil, que reconhece como relativamente incapazes os que, por enfermidade mental, não puderem exprimir sua vontade.
O transtorno do jogo caracteriza-se pela persistência e recorrência de comportamentos de jogo, mesmo diante de consequências adversas. Os principais sintomas incluem a necessidade de jogar quantias cada vez maiores para alcançar excitação, tentativas fracassadas de controlar ou parar o jogo, e prejuízos nos relacionamentos interpessoais e nas responsabilidades profissionais ou acadêmicas.
O diagnóstico é clínico e deve ser realizado por profissional habilitado, como psicólogo ou psiquiatra, observando os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Ressalta-se que o reconhecimento precoce do transtorno é essencial para um tratamento eficaz.
O tratamento do vício em jogos deve ser conduzido por equipe multidisciplinar, composta por psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais. As modalidades terapêuticas mais indicadas envolvem:
De acordo com o artigo 196 da Constituição Federal, a saúde é um direito de todos e dever do Estado. Isso inclui o tratamento de transtornos mentais, sendo possível o acesso por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) ou, alternativamente, por planos de saúde, conforme previsto na Lei nº 9.656/98, desde que haja indicação médica fundamentada.
Nos casos em que há risco iminente à integridade do paciente ou de terceiros, é juridicamente admissível a internação involuntária, conforme dispõe a Lei nº 10.216/2001. Esta norma estabelece que a internação psiquiátrica deve ocorrer somente quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes e mediante laudo médico circunstanciado.
A internação compulsória, por sua vez, requer autorização judicial, sendo cabível nos casos em que há recusa do tratamento, mesmo com evidente prejuízo à saúde mental do indivíduo. O Ministério Público pode ser acionado por familiares ou por profissionais da saúde para a devida proteção dos direitos da pessoa acometida pelo transtorno.
O Grupo Transformando Vidas destaca-se nacionalmente por seu compromisso com o acolhimento e tratamento humanizado de pessoas que enfrentam a dependência de jogos. Com uma abordagem ética, clínica e social, o grupo desenvolve programas personalizados de reabilitação, com foco na reintegração social e na recuperação da autonomia dos indivíduos atendidos.
Os profissionais do Grupo atuam em consonância com as diretrizes da Política Nacional de Saúde Mental, garantindo o acesso à informação, apoio familiar e monitoramento contínuo da evolução clínica. A instituição oferece estrutura completa para internação voluntária e involuntária, respeitando os limites legais e os direitos humanos, com instalações adaptadas para garantir segurança e bem-estar dos pacientes.
Além do suporte psicológico, o Grupo Transformando Vidas promove atividades terapêuticas, oficinas ocupacionais, suporte educacional e programas de reinserção no mercado de trabalho. Essa atuação integrada visa não apenas interromper o ciclo da compulsão, mas também restaurar os vínculos afetivos e sociais que, muitas vezes, são comprometidos em razão da dependência.
O núcleo familiar desempenha papel essencial no processo de reabilitação. A participação ativa da família nas terapias e no cotidiano do tratamento favorece a adesão do paciente ao plano terapêutico e reduz as chances de recaída. Por isso, o Grupo Transformando Vidas oferece orientação contínua aos familiares, promovendo um ambiente de escuta, acolhimento e reconstrução de laços afetivos.
O suporte social também é relevante. A estigmatização dos dependentes comportamentais precisa ser combatida por meio de políticas públicas inclusivas, campanhas de conscientização e formação de redes de apoio. O envolvimento da sociedade civil é indispensável para promover a saúde mental como um direito de todos.
O vício em jogos é um transtorno sério que requer atenção clínica, jurídica e social. A dependência interfere gravemente na vida do indivíduo, comprometendo sua liberdade, dignidade e capacidade de tomada de decisões. O ordenamento jurídico brasileiro oferece respaldo para a adoção de medidas terapêuticas, inclusive com a possibilidade de internação involuntária em situações de urgência.
O papel de instituições especializadas, como o Grupo Transformando Vidas, é fundamental para oferecer tratamento humanizado, ético e efetivo aos dependentes de jogos. A conjugação de esforços entre profissionais da saúde, operadores do direito, familiares e sociedade civil é a chave para devolver esperança e dignidade àqueles que buscam um recomeço.
Se você ou alguém próximo enfrenta dificuldades com o vício em jogos, busque ajuda especializada. O Grupo Transformando Vidas está pronto para oferecer o suporte necessário, com respeito, profissionalismo e dedicação.
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